quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

24/12 à 29/12 - Clássica 03 (Natal Natal !)

24/12 - Preparativos de Natal em Frei

Como havia previsto, foi correria mesmo ! Desci com o segundo bote para a praia carregando passageiros e ainda voltei para o navio para mais um transporte. Eu gosto de dirigir os botes, mas não as 7h da manhã ! Bem - o trabalho tinha que ser feito. Depois da segunda leva, amarrei o bote na praia e subi com um grupo para a base do Instituto Antártico Chileno (Escudero) e me certifiquei que estavam todos bem acomodados. Feito isso, fiquei do lado de fora com o computador aberto (que eu tinha levado na mochila a prova d'água) tentando falar com a minha mãe via skype, mas a conexão estava muito muito ruim. Acho que durante o dia, com várias pessoas usando 3G na base chilena, sobram poucas linhas e a velocidade cai muito. Não durou muito para o avião passar sobre as nossas cabeças. Fechei tudo e subi com o grupo para a pista de pouso. É uma caminhada de apenas meia hora, mas com bastante ansiedade pois a maioria queria voltar para casa rápido.


Passageiros do grupo novo esperando pelo briefing de entrada na frente de Escudero.

Já na pista, vimos o novo grupo chegando e tratei de conter os passageiros que estavam retornando. Fizemos a troca de grupo na pista mesmo, em menos de dois minutos. Despedidas, abraços, beijos e adeuses, recepcionei o novo grupo e comecei a descer a trilha de volta a Escudero. Mais ou menos as 9h da manhã estava tudo terminado. Transportei dois grupos para o navio com o bote e pronto ! serviço feito. O plano era ficar por ali mesmo até de tarde, o que me daria um pouco de tempo para descansar. Infelizmente o plano foi por água abaixo.

Os passageiros deste novo grupo já estavam encaminhados, quando soou o chamado da ponte: baleia na área ! Colocamos rapidamente todos os botes na água e saímos com os 60 passageiros a caça de uma Jubarte que nadava tranquilamente nas águas da baia. Vento, um pouco de ondas e um frio danado, não foi muito divertido, mas pelo menos conseguimos ver alguma coisa (uma cauda aqui, uma nadadeira ali, etc). Voltei para o navio com o meu grupo meio que resmungando, pois estavam também cansados. Alguns tinham chegado de viagem em Punta Arenas ainda na madrugada, e estavam molhados e com frio em um bote no meio de uma baia gelada. Eu também tinha um novo companheiro de quarto, Adrian, um professor de história inglês que faria parte do grupo de guias a partir desta viagem.

No navio, as 12 hs pontualmente saiu o almoço e pudemos então dar um respiro. Fizemos nossas apresentações e logo a seguir tomei um banho rápido pois eu iria conduzir o treinamento do SOLAS (Safe Of Life At Seas), e desta vez teria que ser bilingue (arghh !). O treinamento durou mais ou menos uma hora e já estava de novo vestindo toda a roupa pesada pois iria desembarcar com um grupo em Ardley Island, o que aconteceu as 3h da tarde. Os pinguins por ali estavam crescendo bem rápido ! Dava para ver bem a diferença comparando com os dias anteriores.


Comemoração na ceia de Natal.

A faina toda na praia durou até mais ou menos 5h30 da tarde quando consegui subir a bordo e tomar outro banho, desta vez mais longo, e me arrumar para o coquetel de boas vindas e para a janta de natal. Coloquei uma camisa mais asseada e minha gravata de pinguin e tudo transcorreu muito bem. Falei com a Mariana antes da janta (saudades de casa !), telefonei também para minha mãe, abri o coquetel de boas vindas e fui para a ceia de natal, com direito a coral de natal e tudo mais. Mas o cansaço bateu forte. Haveria uma festinha dos membros da tripulação mas não consegui. Cai na cama morto de cansaço, aproveitando o balanço do barco que agora começava a jornada para atravessar o Bransfield durante a noite. E pelo nível do balanço, parece que o Bransfield não estava muito amigável. E assim eu fui dormir.

25/12 - Nevasca em Mikkelsen e Cierva Cove

Foi uma noite bastante conturbada. Eu dormi profundo por algumas horas mas acordava de tempos em tempos sendo jogado de um lado para outro. Até que mais ou menos as 2hs da manhã a porta do meu armário abriu e tudo que tinha dentro se espalhou pelo chão do quarto. Meu novo companheiro de quarto, Adrian, devia estar morto de tanto enjoo pois nem acordou. Recolhi tudo da melhor maneira possível e pulei na cama de novo. Não conseguia ficar de pé por causa do balanço. Pegamos um mar de lado que realmente assustou durante a noite. Mas eu sabia que o fim disso tinha hora marcada, e teve mesmo ! As 6h30 pousamos âncora em Mikkelsen Habour, onde minha última experiência tinha sido um pouco "molhada". O tempo não estava muito diferente, com uma forte neve, e um pouco de vento. Mas pelo menos já sabiamos qual era o porto seguro onde poderiamos parar os botes e fomos diretos para lá.


Foto para posteridade apenas. Tempinho péssimo !

O desembarque foi simples e rápido, e já fui para o trabalho de abrir um caminho no meio da neve macia até as pinguineiras. Só tirei uma única foto para posteridade ! Como é dia de Natal, todos usavam chapéu de Papai Noel.

Voltamos a bordo para um "Brunch" (que bom ! sopa quentinha e comida farta) e aproveitei o resto da manhã para colocar o trabalho em dia: programa, formulários, papéis e relatórios. Já pela tarde as 13 hs teríamos mais uma atividade: cruzeiro de Zodiac em Cierva Cove. Peguei meu grupo com 10 passageiros (5 franceses, 3 orientais e 2 americanos) e parti pela baia recheada de Icebergs. Nevava bastante forte e não deu para tirar muitas fotos, mas aproveitamos bem o tempo. Um dos franceses está fazendo um filme curto para a TV francesa, com 6 minutos, sobre mudanças climáticas, e acabei dando uma entrevista em pleno oceano com um iceberg de fundo.

Terminamos essa faina só as 16 horas, quando pude novamente tomar um banho quente para relaxar e mudar de roupa. Hoje foi dia de lavanderia, então tinha separado bastante coisa para lavar. Organizei tudo e ainda fui fazer minhas tarefas diárias. Desta vez tivemos muitas baleias pela volta do barco e até no meio da janta todo mundo levantava e saia correndo para a janela, para ver baleias bem perto do navio. No final da janta, Mariano chamou a todos no salão para distribuir presentes de natal do pessoal do escritório. Banhei um chaveiro-bússola e um canivete (Feliz Natal!).

Ainda tivemos a visita de um grupo de orcas bem perto do navio pela noite, mas estava cansado e só espiei um pouco pela janela do deck 5. Estamos navegando pela baia Wilhelmina em direção a Dorian Bay mas não vou ficar procurando baleias agora pelo caminho. Vou dormir porque ninguém é de ferro. Boa noite e bons sonhos.

26/12 - Dorian Bay, Lemaire (gelo gelo gelo !) e um problemão no dedo

Acordamos fundeados em Dorian Bay, com o Paratii e outro veleiro amarrados as pedras de Dorian ao fundo. Café da manhã rápido com as tarefas diárias distribuidas, zarpamos para Dorian com os 59 passageiros, visitando o refúgio inglês e andando pelas pinguineiras da área. Fiquei no cruzamento de uma pinguim railway e o nosso caminho para controlar o trânsito. Foi um desembarque longo e enquanto os passageiros ficavam observando os pinguins, eu ficava sonhando com o Paratii ali na baía Dorian. Quando passei pelo refúgio inglês, descobri no livro de visitas que era uma turma da PL Divers de Arraial que estava no Paratii. Que legal !


Dorian bay com o Paratii descansando junto a outro veleiro (acima e abaixo).


Terminamos o desembarque e partimos para o almoço e o Canal de Lemaire. Eu apostei com todos que não conseguiriamos passar. Dito e feito: maia uma vez o canal estava forrado de gelo impedindo a passagem do navio. Mais uma vez o plano B era entrar ao largo das ilhas Plenneau e fazer um cruzeiro de Zodiac por Port Charcot. Mas havia um problema desta vez, na verdade dois ! Gelo e vento. Rajadas de 30 nós (60 km/h) e muito muito gelo solto. Ainda assim fomos para a água - 6 Zodiacs. Parti com o meu para um bloco de gelo ali perto e fomos aos poucos explorando a área, entre blocos grandes e pequenos e muito gelo solto. O jeito era manter o "swing" do barco para não ficar preso. Em menos de meia hora ouvi o pedido de socorro de dois botes que ficaram presos no gelo. O navio estava indo resgatar. Continuamos nosso caminho, paramos umas 4 vezes entre focas e pinguins, e com isso chegamos a Port Charcot sem grandes problemas. O passeio duroui cerca de duas horas e quando voltamos fiquei surpreso com o caos. O navio estava solto a deriva do vento protegendo dois botes das rajadas e rebocando um terceiro. Só depois fiquei sabendo que fui o único que não ficou preso no gelo (yeeeaahhh ! Brazilian Icebreaker).


Passeio em Port Charcot e festinha de confraternização no Bar.

A janta foi um típico churrasco antártico, com todos congelando na coberta externa do deck 5, muito rápido pois o vento continuava forte. Assim que terrminamos, coloquei um filminho antártico para os passageiros e depois fomos relaxar no bar do navio - somente os guias. Grupo completo: Mariano e Loli, Vlad, Ben, Daniel, Miguel, Alex, Jorge e o "Doutor". Divertidíssimo ! Entre risadas e piadas, de repente minha mão estava presa na cadeira e simplesmente rolei com o movimento do navio e ouvimos um "claq!" e quando olhei minha mão vi meu dedo médio apontando para o lado errado ! Que droga ! Eu tinha acabado de tirar a falange (o osso do meio do dedo) completamente fora do lugar.


Na enfermaria logo após o ocorrido. Cara de dor, né ?!

Descemos para a enfermaria e no caminho puxei meu dedo de volta para o lugar mas não o suficiente. Aparentemente não quebrou mas deslocou por completo. Ele ainda apontava meio torto e só depois de um bom tempo começou a latejar. O doutor me deu dois analgésicos e imobilizou o dedo. Não tinha o que fazer a não ser ir dormir. Mas que porcaria ! O mais curioso é que não doeu (muito), ou pelo menos não estava doendo (muito !). Coitado do Miguel que ficou totalmente consternado com o acontecido. Mas afinal a culpa tinha sido minha também. Shit happens ! Dormi com a mão imobilizada por completo, em uma tala pequena, para ver o que aconteceria no dia seguinte.

27/12 - Zila ! Feliz Aniversário (Baía Paraiso e Neko Harbour)

Acordei por volta das 5hs da manhã achando que tinha sonhado tudo aquilo. Mas a dorzinha chata no dedo me lembrou rapidamente que não era sonho. Fiquei incomodado com a mão presa em bandagens, mas ainda tinha mais algumas horas de sono e não queria desperdiçar. O despertar de Mariano veio as 7hs e demorei um pouco para colocar a roupa já que a mão enfaixada não ajudava muito. Foi no mínimo engraçado ! parecia que metade do navio estava mais preocupado do que eu estava. Tomamos café e no briefing ficou combinado que fariamos um cruzeiro de zodiac em Skontorp (Baía Paraiso) até as 10hs. Sem problemas. Afinal, eu dirigia com a mão esquerda. Em todo o caso, Alex ficou como apoio no meu bote.


Pilotando em Skontorp (mesmo com a mão enfaixada).

As gelerias de Skontorp estavam bastante fraturadas, com vários pedaços de gelo flutuando na baía calma, espelhados na superfície tranquila do mar sem vento. No canto da baía estava fundeado um veleiro, o "Santa Maria Australis" (que delícia).

Embora eu fizesse todoo esforço coma mão esquerda, apenas os dedos da minha mão direita estavam imobilizados. Depois de um tempo, com o frio, comecei a me sentir desconfortável. Hum...teria que mudar de tática e melhorar a imobilização. Voltamos para o barco na hora programada e fui direto para a enfermaria. Coloquei uma tala e o doutor imobilizou com uma faixa. Ficou bom, mas visualmente feio. Paciência.

Meia hora mais tarde fundeamos na base chilena "Videla" ao fundo da Baía Paraíso. Tinhamos uma encomenda para entregar e os passageiros aproveitaram para fazer umas comprinhas no shopping da base. Eu fiquei cuidando do desembarque junto com outros e apenas conversando com os militares da base. Lá tem uma pinguineira enorme de Gentoos barulhentos. Só haviam ninhos com ovos e nenhum filhote. Estranho ! Será que as mudanças climáticas estavam fazebdo uma pressão a mais sobre a população de pinguins na península ?

Voltamos para o almoço e tive um tempinho de folga. Assim pude pensar um pouco nos afazeres domésticos (roupa e equipamento). As 15hs desembarcamos em Neko Harbour, um dos lugares favoritos meus aqui na peninsula. O sol decidiu aparecer mas o vento não deu trégua: 30 nós com rajadas de 45-50 nós. Desembarcamos rápido na praia para uma foto do grupo e depois Alex e Daniel levaram a maioria dos passageiros para o alto da montanha enquanto eu fiquei com um grupo que não queria subir perto da praia, observando focas dormindo na neve, pinguins, e a geleira bem ativa a frente de Neko.


Panorama de Neko Harbour.

Ficamos por ali até as 17hs quando levantamos acampamento debaijo de rajadas de 50 nós (100 km/h). Que sorte que o barco é bem confortável. Tomei um banho quente, fazendo malabarismos para manter as ataduras secas, e subi para o Panorama Lounge. Assim que o toque de jantar foi dado, consegui mais um tempinho para ligar para minha irmã, Zila, que fazia aniversário hoje. Como é bom ouvir a voz da família. Falei também com a minha mãe e a voz dela me tranquilizou um pouco. A noite para mim terminou tranquila...3 dose do anti-inflamatório e mais um analgésico. vamos ver se a noite vai ser sossegada.

28/12 - Deception e Half Moon Island (chegando o fim)

Por volta das 7h acordei com o movimento dos motores elétricos de popa (que estão localizados exatamente embaixo do meu quarto !). Isso significava que estavamos manobrando em espaço curto e provavelmente na entrada de Deception. Menos de dois minutos depois a voz de Mariano soou nos auto-falantes anunciando a nossa passagem pelos Foles de Netuno, a entrada da ilha Deception. Eu estava super bem e a noite tinha sido bastante tranquila em relação a minha mão. Estava com um pouco de dor mas dependia muito do movimento. A mão estava completamente imobilizada em uma haste de aluminio e bandagens, o que é extremamente desconfortável mas mantinha o dedo em uma posição segura. Subi para o café e briefing, com um desembarque tranquilo as 9h. Curiosamente Deception estava sob uma fina camada de neve. Um pouco depois do café descobri pelos emails do navio que uma forte tempestade tinha assolado as ilhas Shetlands alguns dias antes e mudado completamente a paisagem. Por isso o manto branco sobre a ilha e nenhum sinal de vapor na praia (mau sinal !) o que significava que o banho dos passageiros seria bastante gelado.

Descemos todos para a praia e seguimos em grupos de 20-25 pessoas pelos destroços da base inglesa e da antiga fábrica de processamento de óleo de baleia, reliquias de um tempo onde Deception era um caldeirão de carcaças de baleias apodrecendo na praia. Subimos para as janelas de Netuno. no circuito normal de visitas e em cerca de duas horas baixamos a praia para que os corajosos banhistas entrassem na água. Meu novo companheiro de quarto, Adrian, seria o primeiro - já que era um novato aqui (hahaha). Durante o passeio, nosso piloto principal de botes, Ben, juntamente com Jorge e o Doutor, faziam um treinamento de resgate com os botes. Para minha surpresa (ou nem tanto), vi quando o bote fez uma curva rápida e vi uma sombra voando para fora do bote. Era o Doutor, que literalmente foi arremessado dentro d'água. Na verdade tudo tinha sido planejado (ou melhor, arquitetado) para darmos um banho de batismo no doutor. Entre muitas risadas, o doutor foi resgatado e enviado a bordo para um banho quente.


Adrian no seu batismo antártico (banho gelado em Deception).

Alguns bravos passageiros lançaram-se na água gelada (sem água quente hoje ! por causa da maré), entre aplausos e vodka. Em meia hora todos estavam já devidamente secos e levantamos acampamento de Deception para ir a ilha Meia Lua, na ilha Livingston.

Eram duas horas e meia de navegação, o que me deram um certo tempo para tirar as ataduras, ver o estado da minha mão, e tomar um banho precioso, com direito a fazer a barba e tudo mais. A mão direita estava inchada e o dedo ainda torto, dolorido e desconfortável, mas ainda manejável. A água quente me relaxou o suficiente para tentar uma manobra arriscada: com muito cuidado fui mexendo no dedo até sentir exatamente onde estava o problema. en sentia perfeitamente o encaixe da falange média fora de centro, e por isso o dedo estava torto. A dor era pequena e mesmo puxando o dedo não sentia muito mais do que isso. Sob a água quente, consegui puxar um pouco e "claq!", vi estrelas !!! Estava sentado no chão do banheiro e falei muito palavrão até conseguir enxergar alguma coisa de novo. Curiosamente a dor estava presente mas a sensação de desconforto não mais. O dedo parecia um pouco mais reto e normal. Terminei o banho, coloquei uma atadura e estabilizei o dedo com a haste de metal, e fui procurar o doutor, que me xingou muito (haha!) mas realmente confirmou que eu tinha recolocado parte da falange no lugar. Ainda assim teriamos que confirmar se estava tudo bem por uma radiografia no dia seguinte em Frei.


Diferença entre os dedos bons e o dedo mal. Será que dá para notar ?!

Lá pelas 15hs descemos em Half Moon (Media Luna), uma pequena mas bela ilha ao sul de Livingston com uma enorme colônia de pinguins Chinstrap e um único pinguim Macarroni (que por sinal eu não consegui ver mas todo mundo viu!). Ficamos ali por cerca de duas horas e voltamos no fim da tarde para o navio, uma janta agradável e muitos agradecimentos. Afinal, esta era a última noite deste grupo e a janta foi de música, "thanks", e alguns chororôs. É impressionante como em pouco tempo os passageiros criam vínculos com a rotina a bordo e com a gente.


Panorama de Half Moon com a pinguineira barulhenta de Chinstraps.

Meu dedo está maravilhosamente bem. A mão continua inchada, mas está bem melhor do que antes. Vamos ver o que a visita ao hospital de Frei vai me trazer de dor de cabeça.
---- Atualização -----
29/12 - Boring day

O tempo ficou fechado o dia todo e não fizemos nada a não ser comer, dormir, assistir filme, e uma ou outra palestra a bordo. Tinhamos que aguardar as condições de vôo para a transferência de passageiros. A unica novidade do dia é que descemos até a base russa de Bellingshausen por volta das 11h para um passeio curto. Quer dizer, os passageiros desceram ! Eu fui com o doutor para o Hospital ver o que tinha acontecido com meu dedo.
Conversamos com o doutor Pastor, da base chilena, que rapidamente colocou no lugar o que ainda faltava da falange média, e tiramos uma radiografia. Resultado: havia uma fratura na falange e eu preciso continuar com o dedo imobilizado. Pelo menos troquei de tala e agora está bem mais confortável.
raio-x
Passamos o resto da tarde no navio apenas batendo papo e comendo lanchinho, e a noite tivemos Happy Feet mais uma vez. Falei com a minha mãe pelo skype e fui dormir cedo. Agora (30/12 - 8hs) estamos aguardando notícias de Punta Arenas, do vôo, e fazendo planos para entreter os passageiros. De resto está tudo bem, mas se não conseguir postar mais nada hoje, já adianto um Feliz Ano Novo para todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário